Se Essa Rua Fosse Minha é o título da pesquisa de mestrado em Arquitetura e Urbanismo da Marina Mecabô. Essa pesquisa que trata sobre o entorno escolar, o espaço enquanto potencial educativo, infância e cidade e maneiras divergentes de ocupação do espaço público resultou em algumas ações das quais eu tive a alegria e responsabilidade de participar.
Uma delas foi a produção de um cinema de rua. Ação contemplada no edital de Auxilio Eventos da Prefeitura de Pelotas, em primeiro lugar. A proposta que era inicialmente de uma ação no entorno escolar de duas escolas no centro da cidade, teve de ser replanejada por conta do cancelamento das aulas presenciais em decorrência da pandemia e se tornou um cinema de rua.
Fizemos duas sessões de filmes. A primeira no Porto, no Bar do Mauricio e a segunda no bairro Balsa, em conjunto com a Associação de moradores da Balsa. Para que esse evento ocorresse de maneira participativa, nós entramos em contato e dialogamos com os moradores de cada região através dessas figuras. O Mauricio e o seu bar, atuando de certa maneira como uma Associação de Vizinhos, pois além de ser também um mercadinho, Mauricio promove diversos eventos na rua, como a mais famosa Festa do dia das crianças, além de aniversários e eventos como o cinema 🙂
Todas as ações respeitaram todas as medidas de seguranças cabíveis para conter a pandemia.
Foi um dos projetos mais especiais com o que me envolvi até hoje. Gosto muito de trabalhar com crianças. Lidar com as forças locais do lugar se mostrou um desafio muito recompensador. Chegar até o Mauricio não foi a coisa mais fácil, mais com certeza das mais legais e muito me alegra ser bem recebido la até os dias de hoje. Colocar um cinema na rua exige diversas habilidades como a gestão das pessoas, equipamentos e do espaço. Esse tipo de produção de evento cultural me encanta e posso dizer que saímos bem mais profissionais nesse negócio hahaha.
Essa ação acompanhou um livreto sobre cidade, educação e território. Fizemos um videocast sobre esse livreto com alguns depoimentos de crianças que participaram do cinema e o resultado é esse:
O livreto foi escrito pela Marina Mecabô, as ilustrações feitas pela Bruna Mendes e eu fiquei com a captação de imagens e audio, edição de video e tratamento de áudio.
Toda essa produção além de ter contribuido e integrado parte da pesquisa da Marina que foi indicada a prêmios na área, resultou em um artigo que saiu na revista Pixo: Cidade, Arquitetura e Contemporaneidade. O artigo pode ser acessado aqui. Estamos no momento preparando novas ações para o ano de 2024 e pretendemos botar o cinema na rua mais uma vez!