Eu sou Pedro Gabriel dos Santos Erler, sou músico, nascido em Poços de Caldas, sul de Minas Gerais. Concílio as atividades do bacharelado em Música – Violão, com atuação artística enquanto músico popular, o ensino musical e a pesquisa etnográfica. Em 2018 me mudei para Pelotas –  RS, para cursar Bacharelado em Música – Violão na UFPel. Lá tive o privilégio de colaborar com projetos como o grupo de pesquisa Corpo-Imagem-Som, GRUVI (Grupo de Violões da UFPel). Atuo ativamente no Clube do Choro de Pelotas, no coletivo Nos Arredores do Choro, no projeto ‘Se Essa Rua Fosse Minha’. Em 2020 fui contemplado com uma mobilidade acadêmica na Universidade Nacional da Colômbia, onde pude aprofundar meus estudos sobre o violão latino americano, pesquisa que sigo desenvolvendo. No ano de 2021 tive minhas primeiras experiências como compositor de trilha sonora original no espetáculo de dança “Menor” e no curta “Bimbo”. Em 2022 lancei meu primeiro álbum solo Serenatero.

Foto @xuuuao

Meu trabalho individual enquanto artista é voltado para as artes sonoras e
para a música na busca da cosmopercepção ao invés da cosmovisão, nas
artes e no entendimento do ser no mundo. Meu trabalho tem se
territorializado mais nos últimos anos, com a pesquisa da minha trajetória
familiar, com o bairro onde nasci e fui criado e tem se encontrado e sido
retroalimentado na pesquisa artística latino americana. Sou de Minas
Gerais, mas moro em Pelotas, fronteira do Brasil com o Uruguai e
Argentina.

Nessa zona fronteiriça a percepção da latinidade chegou até mim. Ela se
expandiu quando em 2020 fui morar em Bogotá. Percebendo nossas
particularidades e semelhanças venho buscando trabalhar esses signos
no meu espaço de atuação. Sou da primeira geração urbana da minha
família, moro no final da cidade, no limite dela, residente do quase, do não lugar.
A estética da beirada, da borda, do limite, do vão e do entre, tem guiado
minhas buscas artísticas e de vida. Eu falo mais sobre isso nesse oriki que
fiz em residência no BDMG Cultural: